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Terapia floral e ansiedade

23 Mar

Terapia floral e ansiedade

As práticas integrativas e complementares estão sendo cada vez mais utilizadas para  diminuir e tratar aspectos emocionais e comportamentais que influenciam nos quadros clínicos dos pacientes.

É crescente a aceitação de que inúmeras doenças são desencadeadas ou exacerbadas por comportamentos e emoções, como por exemplo a ansiedade, o medo, a instabilidade emocional e o mau humor. Métodos que minimizem esses tipos de comportamentos certamente ajudarão na prevenção e melhora de incontáveis doenças que tenham origem nos fatores emocionais.

Esse é o caso da ansiedade. Ela não só é uma patologia em si mesma, como também piora outros problemas de saúde, como a depressão, a hipertensão, a gastrite e a insônia, dentre outros.

Quando o assunto é ansiedade, várias práticas podem ajudar na sua diminuição, tais como terapia floral, barras de access, reiki, aromaterapia, meditação e auriculoterapia, entre outras. Elas podem ser utilizadas de forma isolada ou em conjunto.

Neste artigo, vamos abordar a terapia floral no manejo da ansiedade.

Terapia floral: o potencial energético das flores

A terapia floral utiliza as essências florais e faz parte de um campo emergente de terapias vibracionais, de características não invasivas. Essas essências, feitas a partir de plantas silvestres, flores e árvores do campo, tratam as desordens da personalidade e não de condições físicas, harmonizando nossos diferentes corpos.

Segundo a Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopáticos, essência floral é um suplemento integrativo para a saúde, elaborado a partir de flores e outras partes de vegetais, minerais e radiações de ambientes, obtido pelo método de extração solar, ambiental ou decoctiva e seguido por diluição.

Para a sua realização é empregada a energia sutil da flor e não os materiais físicos da planta. O potencial energético das flores é o que fundamenta essa terapia. As flores colocadas na água imprimem nela padrões que correspondem aos níveis da consciência.

Para Edward Bach, criador do primeiro sistema de florais, o corpo é um espelho a refletir a personalidade da mente e os estados psicológicos é que geram doenças.

O Dr. Bach desenvolveu 38 essências florais e afirmava que “o medicamento deve atuar sobre as causas e não sobre os efeitos, corrigindo o desequilíbrio emocional no campo energético”. Em toda sua obra, ele tentou mostrar como a saúde e a enfermidade estão intimamente ligadas à maneira como uma pessoa vive e à necessidade de fazer mudanças no estilo de vida. Ensinava que tudo que ocorre no corpo físico está diretamente relacionado com a forma de pensar do indivíduo e com as suas circunstâncias espirituais e emocionais. Assim, mostrava a importância de aprendermos a nos responsabilizar pela nossa saúde. As essências florais ajudam e apoiam o processo de mudança.

A terapia floral é uma modalidade de tratamento vibracional, uma intervenção com uso de essências florais, com possibilidades de facilitar e implementar o processo de desenvolvimento pessoal, tanto em situações específicas de sofrimento, como sendo recurso de amadurecimento individual e evolução.

Terapia floral e ansiedade

Ansiedade e doenças psicossomáticas

A ansiedade é um dos comportamentos mais relacionados com as doenças psicossomáticas. Para alguns autores, ela é entendida como um estado transitório, caracterizado por sensações desagradáveis de tensão e apreensão. Eles consideram como traço de ansiedade as diferenças individuais na forma de reagir a situações percebidas como ameaçadoras, com elevação da intensidade no estado de ansiedade.

As características de personalidade, os valores, as percepções, as crenças, os compromissos, os pensamentos e o ambiente modulam o comportamento e as reações frente a uma situação.

A ansiedade manifesta-se por alterações fisiológicas e psicológicas. Várias respostas orgânicas podem ocorrer, tais como palpitações, vertigens, aumento da frequência respiratória, tremores, náuseas, alteração do hábito intestinal e insônia, entre outras. Já, no aspecto comportamental, surgem as preocupações e inquietações, a tensão e o nervosismo, que podem aparecer sem que a presença de uma ameaça real seja identificada, podendo assim parecer aos demais como desproporcionais à intensidade da emoção.

Sendo assim, a ansiedade inconsciente costuma ser a causa de diversas doenças e, quando trabalhada em nível do consciente, essas doenças podem ser evitadas.

Poucas são as pesquisas relacionando ansiedade e terapia floral. Uma delas aponta que houve diminuição dos escores de ansiedade em adolescente queimado, com o uso de essências florais. Foram utilizadas essências florais do sistema Bach, Califórnia, Bush e Alasca. Outro estudo compara dois grupos de indivíduos ansiosos: um recebeu florais e o outro, placebo, sendo que a essência utilizada nesse estudo foi o rescue remedy, do sistema Bach, que é formado de cinco flores: impatiens, clematis, star of bethlehem, cherry plum e rock rose. No grupo que recebeu os florais, houve redução significativa da ansiedade nos indivíduos que anteriormente apresentavam altos níveis.

Terapia floral e ansiedade

Pesquisa da autora

Em 2010, foi realizado um ensaio clínico randomizado, na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, com o objetivo de observar os efeitos dos florais impatiens, cherry plum, white chestnut e beech, do sistema Bach, em pessoas ansiosas.

A essência floral impatiens ajuda a aquietar a alma e desenvolver empatia, delicadeza de sentimentos e paciência, levando à aceitação do ritmo dos outros e do desenrolar dos acontecimentos. A essência white chestnut ajuda o indivíduo a recuperar o repouso mental, a paz interior, a clareza de ideias e a consciência dos seus sentimentos. A cherry plum faz o indivíduo encorajar-se e acreditar ser capaz de lidar com os desafios da vida, superando a tensão e os medos extremos. E, finalmente, a essência beech ajuda os que são críticos e intolerantes a se abrir e elevar seu potencial de conhecimento e autoconhecimento, colocando-se no lugar do outro para adotar uma atitude mais compreensiva e tolerante.

Nesse estudo duplo-cego com 34 trabalhadores de um centro de ensino profissinalizante, a ansiedade foi avaliada por meio do Inventário de Diagnóstico da Ansiedade Traço-Estado (IDATE) em dois momentos diferentes: no início e final da intervenção. Os grupos de controle e experimental foram previamente randomizados. A pesquisa durou dois meses e todos os participantes passaram por três consultas, uma no início da pesquisa, outra no final do primeiro mês e outra no final do segundo mês, quando preencheram novamente o IDATE-Estado.

Os frascos de essências florais foram preparados da seguinte forma: em recipientes vazios e esterilizados, com capacidade de 30 ml, foram colocados 20 ml de água fresca e 9 ml de conservante, no caso conhaque. A essa substância foram adicionadas duas gotas de cada uma das quatro essências florais utilizadas no estudo. Feito isso, os frascos foram tampados com conta-gotas e suavemente agitados e etiquetados, seguindo a lista gerada pelo sorteio. Já, os frascos de placebo, para o grupo-controle, foram preparados da mesma forma, porém sem a adição das essências florais.

Cada voluntário foi orientado a fazer uma anotação semanal relatando eventos positivos e negativos que lhe aconteceram durante o período, se fossem considerados fora da rotina. Esse diário foi usado para analisar os acontecimentos externos, que poderiam ser variáveis de confusão.

A análise do instrumento para medir ansiedade foi realizada por uma terceira pessoa, treinada na correção do IDATE-Estado e na classificação do grau de ansiedade segundo os escores obtidos.

Os dados foram trabalhados por número e porcentagem, com tratamento estatístico no Laboratório de Bioestatística da Escola de Enfermagem da USP. O profissional responsável pela análise também não soube a qual grupo cada voluntário pertencia. Para o tratamento dos dados foram realizadas análises descritivas para o conhecimento da amostra e cálculo das frequências relativas para as variáveis categóricas (idade, sexo, anéis de tensão e IDATE). Para conferir a consistência interna, foi verificada a confiabilidade dos instrumentos de medida da ansiedde utilizados nessa amostra por meio do Cronbach’s Alpha. Para verificar a normalidade de distribuição das variáveis entre os dois grupos foi usado o One-Sample Kolmogorov-Smirnov Test. Para observar se houve diferença entre a média do escore do ESTADO no final e no início do tratamento entre os grupos, foi realizado o teste-t. O nível de significância adotado foi de 5%. As estatísticas com p descritivo < que 0,05 foram consideradas significativas.

A  maioria dos participantes era do sexo feminino (97,1%) e com idade variando entre  25 a 60 anos. A média de idade foi de 37 anos. A maior parte da amoTerapia floral e ansiedadestra foi composta de enfermeiras docentes, seguidas por agentes administrativos e farmacêuticos.

O instrumento utilizado para medir a ansiedade foi o IDATE-Estado. A primeira medida foi realizada quando os voluntários aderiram à pesquisa e a segunda quando terminaram o segundo frasco. Os testes de confiabilidade dos instrumentos IDATE-Estado (IDATE-Estado inicial e final) demonstraram confiabilidade, com alpha de Cronbach de 0,890 e 0,910, respectivamente.

A metade dos voluntários pertencia ao grupo-controle e recebeu placebo e a outra metade ao grupo experimental, recebendo de fato as essências florais. O teste de normalidade das variáveis entre os grupos mostra que houve distribuição normal das variavéis idade, quantidade de anéis de tensão e escore da ansiedade nos instrumentos IDATE-Traço, entre os dois grupos.

Resultados da pesquisa

O grupo que fez uso das essências florais teve uma diminuição maior e estatisticamente significativa no nível de ansiedade em comparação ao grupo-placebo.

Conforme pode-se observar no Gráfico 1, no grupo experimental, todas os voluntários tiveram sua ansiedade diminuída (100%) após a intervenção.

Gráfico 1 – Escore do IDATE após intervenção floral no grupo experimental da pesquisa “Efeitos das essências florais em indivíduos ansiosos e com anéis de tensão na íris”. São Paulo, 2010.

Já, no grupo-controle, formado por voluntários que receberam placebo, em três participantes (20%) a ansiedade aumentou, em 10 diminuiu (67%) e em dois(13%) não houve alteração (Gráfico 2).

Gráfico 2 – Escore do IDATE após intervenção floral no grupo-controle da pesquisa “Efeitos das essências florais em indivíduos ansiosos e com anéis de tensão na íris”. São Paulo, 2010.

Pode-se perceber que a diminuição da ansiedade no grupo experimental ocorreu de forma intensa na maioria dos voluntários, quando se compara a barra azul (ansiedade inicial) com a cinza (ansiedade final). O mesmo não pode ser afirmado em relação à diminuição da ansiedade ocorrida no grupo-controle.

Comparando as diferenças dos escores do IDATE-Estado inicial e final em ambos os grupos, observou-se que a média da melhora no grupo experimental foi quatro vezes maior (16,4) do que a média no grupo-placebo (3,6).

Assim, concluiu-se que o uso da terapia floral tem efeito positivo na redução da ansiedade.

Ao estabilizar nossos pensamentos e emoções, diminuímos as possibilidades da instalação das doenças psicossomáticas e, por consequência, o aspecto físico do ser melhora. E, também, com uma maior consciência e entendimento, aumentam as chances de um desenvolvimento pessoal e espiritual.

Léia Fortes Salles – Enfermeira, especialista em terapia floral, irisdiagnose e medicina integrativa, com mestrado e doutorado em Ciências pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP) e pós-doutorado pela EEUSP. Membro do grupo de pesquisa da EEUSP “Estudos em Práticas Integrativas e Complementares na Saúde”, coordenadora de pesquisa da Blossom – Educação em Terapia Floral e organizadora do livro Enfermagem e as Práticas Complementares em Saúde, da editora Yendis.

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Publicado Originalmente AQUI